BASTA! Não dá para ficar rodada sim e outra também vindo a público para cobrar o direito básico ao RESPEITO pelos profissionais da arbitragem. Ou o STJD pune de forma severa e exemplar técnicos, atletas e dirigentes que protagonizam espetáculos circenses em campo ou absolutamente nada vai mudar. Árbitros e assistentes continuarão sendo vítimas da covardia, do desequilíbrio emocional, da violência e da transferência de responsabilidades daqueles que mais deveriam dar exemplo. Quem perde com isso é o futebol brasileiro.
O caso mais recente foi o do treinador Cuca contra o árbitro Leandro Pedro Vuaden, a quem nos solidarizamos integralmente pelas agressões sofridas na noite da última quinta-feira (24). Não temos nem 30 dias de bola rolando nos Brasileiros das Séries A, B, C e D, e nós já perdemos as contas de quantas vezes precisamos nos manifestar em nossos canais de comunicação em prol da honra, da dignidade e da integridade física dos árbitros e assistentes.
É preciso pontuar aqui que os erros que porventura tenham sido cometidos pela arbitragem são infinitamente menores do que as reações de técnicos, atletas e dirigentes. Entendemos que as críticas atuais são desmedidas e fruto da desconstrução histórica a que os profissionais da arbitragem vêm sendo submetidos, inclusive pela “imprensa especializada” . Bem diferente do tratamento recebido pelos árbitros na Europa e inclusive em outros países da América Latina.
A ANAF endossa aqui o seu compromisso de estar ao lado de árbitros e assistentes, os defendendo juridicamente a cada ato hostil, covarde e desrespeitoso a que forem vítimas. Assim como vai continuar em contato direto com o STJD, a CBF e a CNA para encontrar caminhos para a valorização da arbitragem brasileira. É mais importante do que nunca que todos os árbitros e assistentes estejam unidos nesse momento em torno da entidade. Afinal, no futebol, a vitória sempre será do coletivo.
Salmo Valentim
Presidente da ANAF