A árbitra Edina Alves e a árbitra-assistente Neuza Back escreveram seus nomes na história do futebol. Ao lado da assistente argentina Mariana de Almeida, as brasileiras tornaram-se as primeiras mulheres a comandar uma partida masculina profissional em um torneio da Fifa. No caso, o Mundial de Clubes, realizado neste mês de fevereiro.
O trio comandou a disputa do quinto lugar do torneio, que terminou com a vitória do catariano Al Duhail sobre o sul-coreano Ulsan Hyundai por 3×1. As meninas tiveram uma atuação segura, foram bastante elogiadas e, com certeza, deixaram as portas abertas para a arbitragem feminina em mais torneios masculinos da Fifa.
Em entrevista publicada pela rede Bein Sports, o presidente da entidade máxima do futebol, Gianni Infantino, comentou o feito histórico das brasileiras e não poupou elogios. “Não foi apenas um gesto simbólico. Edina e seu time de assistentes fizeram um trabalho fantástico e chegaram aqui por méritos”, disse.
O presidente da Anaf, Salmo Valentim, usou as redes sociais para parabenizar Edina e Neuza e para pedir ainda mais atenção da CNA com a arbitragem feminina. “Edina e Neuza deram um show, mostraram que competência não faz distinção de gênero. Precisamos fazer deste feito um marco para as mulheres na arbitragem. É preciso mais oportunidades para elas”, disse.
Edina é de Goioerê (PR), tem 41 anos, está no quadro da FIFA há 5 temporadas e atualmente é a única árbitra na Série A do Brasileiro. Já Neuza Back é, no mundo, a mulher que mais vezes atuou na principal divisão de um campeonato nacional – ruma aos 100 jogos. Ela é de Saudade (SC), tem 36 anos e está no quadro da FIFA desde 2014.