O mineiro Felipe Fernandes de Lima figura entre os principais nomes da arbitragem brasileira na atualidade, mas comanda neste domingo apenas a sua 2ª partida nesta Série A do Brasileiro. Em 15 rodadas, ele é o único árbitro de Minas Gerais aproveitado na elite do futebol nacional em 2022. Ou seja, o Estado recebeu somente 1,3% das 150 escalas de central. No ano passado, a título de comparação, foram 33 escalas (8,6%) concedidas a árbitros mineiros. Fica então a dúvida: o que mudou de uma temporada para outra para que um quadro extremamente qualificado, prestigiado e comprometido caísse em tamanho descrédito com a CNA?
Wilson Seneme assumiu a presidência da CNA no início de abril e cercou-se de mineiros em sua diretoria (Giulliano Bozano, Alício Pena Júnior e Ricardo Marques Ribeiro) para semanas depois fazer das escalas da Série A arma de perseguição política contras os profissionais do Estado, mostrando que não tem autonomia no cargo e que as suas decisões não são pautadas por critérios técnicos. O que os árbitros de Minas Gerais têm a ver com as diferenças políticas da CBF com a FMF?
Enquanto esses questionamentos seguem sem resposta, a ANAF deseja sucesso ao competente Felipe Fernandes de Lima, que tem feito por merecer nas últimas temporadas a insígnia da FIFA. Não só a ele, como aos seus assistentes em Coritiba x Fortaleza, Guilherme Dias Camilo e Celso Luiz da Silva, assim como a todos os profissionais que estarão em campo no fim de semana pelas Séries A,B, C e D do Brasileiro.
Minha unidade,
Salmo Valentim
Presidente da ANAF